- Fizeram tantas canções
- Escreveram tanta poesia
- Semearam-se ilusões
- Num amor de fantasia
- Mas há-de chegar um dia
- Que nos vai dizer alguém
- Já basta de fantasia
- E honre o amor de Mãe
- Amor que não voa nas asas do vento
- Que nos dá força e alento
- E nos ajuda a viver
- Fiel até morrer
- Ó Mãe do meu coração
- Eu sou teu tu és minha
- Terás a minha gratidão
- Quanto mais fores velhinha
- Ò santa! Ò raínha!
- Hei-de amar-te sempre… sempre
- Porque sofreste tanto coitadinha
- Quando saí do teu ventre
- O teu amor é permanente
- Tratas-me com mil carinhos
- Mal eu fico descontente
- Cobres-me com beijinhos
- Fizeste-me tantos fatinhos
- Antes de eu vir ao mundo
- Asseados e branquinhos
- Com o teu trabalho fecundo
- Na amargura ou tristeza
- Por vezes não há ninguém
- Mas há sempre concerteza
- O amor da nossa Mãe
- Amor que não voa nas asas do vento
- Que nos dá força e alento
- E nos ajuda a viver
- Fiel até morrer
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MÃE
Ó mãe, querida mãe!
Gostava tanto de ti.
Fizeste-me tanto bem
Desde a hora em que eu nasci
Ao teu peito eu cresci
Nesse colo tão fofinho
Criaste-me com o teu leitinho
Mas um dia te perdi
A última vez que te vi
Beijei-te com fervor
Já não sentindo o calor
Foi quando te perdi
E ficaste ali
Na terra fria
Deixando a casa vazia
Onde eu nasci
Onde contigo vivi
Num amor fraternal
Agora viverei sem ti
Adeus até ao juízo final.
José Carapito